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Comportamento: "é meu"!

  • tidanielaguiar
  • 12 de jul. de 2016
  • 3 min de leitura

Diferenças de acordo com a idade


De 0 a 3 anos A criança terá mais dificuldade em compartilhar. É interessante haver momentos de contato com materiais trazidos de casa, desde que haja também experiência com os objetos coletivos.

De 4 a 6 anos A criança tem mais condições cognitivas e emocionais para compartilhar. Fica mais clara a diferença entre o material coletivo e os objetos pessoais.


Nessa fase em que os pequenos ainda não desenvolveram a habilidade de compartilhar, é importante mediar situações de conflito e cuidar para não classificá-los como egoístas.

Para qualquer criança com menos de seis anos, é difícil aceitar que o coleguinha brinque com a bola que ela acabou de deixar de lado, ou use o mesmo giz de cor que ela usou minutos antes para traçar suas linhas no papel. Ou, ainda, negociar de quem é a vez de entrar no túnel do parquinho. Situações como estas, muitas vezes cheias de choro, tapas e mordidas, acontecem porque o pequeno ainda não aprendeu algo que lhe será fundamental para toda a vida: compartilhar. "O egocentrismo é uma das principais características da infância", explica a psicóloga e pedagoga Denise Argolo Estill. "Ela não tem outra opção, é natural de seu desenvolvimento", acrescenta. Nessa fase a criança ainda não consegue se colocar no lugar da outra, pensa somente do seu próprio ponto de vista.

Assim, aprender na escola as regras do convívio social - principalmente em uma época em que não é mais tão comum que as crianças brinquem na rua e em que há muitos filhos únicos - ajudará a criança a tornar-se capaz de dividir as coisas. Os pais também precisam compreender essa fase, pois chamar o filho de egoísta não fará muito mais que afetar negativamente sua autoestima. O papel do professor, nesse caso, "é esclarecer aos pais as reais possibilidades da criança e servir como modelo de resolução de conflito".

O mais importante é que valores como a solidariedade e o respeito ao desejo do outro estejam impregnados em tudo que o professor ensina aos pequenos. E não só dia a dia:


* Coletivos ou individuais É fundamental deixar bem claro para a criança quais são os objetos pessoais e quais são os coletivos. "Isso permite que ela se estruture e se organize", diz Denise. Uma atividade que envolva todos nesse intuito pode ser útil. Com fotografia de cada um, se delimita o espaço dos objetos pessoais, como a mochila e a lancheira. O material coletivo também deve ter caixas ou armários destinados só para eles.


*Refeição de cada um Quando o lanche não é dividido por todos, é comum uma criança desejar o que há dentro da lancheira da outra. Diante desse impasse, o professor pode propor que a criança pegue só um pedaço, e também dê um pouquinho do seu.


*Conflitos Segundo Mônica, o professor tem de mostrar à criança que existem outras vontades além das dela. Se há duas crianças disputando um baldinho de areia, o educador deve ouvir os dois lados e questioná-los como aquilo pode ser resolvido, propondo soluções. O objetivo é envolver as crianças na resolução do problema, ao mesmo tempo em que cria um "repertório" para que futuramente elas mesmas sejam capazes de resolver seus conflitos. "Elas devem ter habilidade para negociar", explica a diretora, e é importante não haver imposição nesses momentos.


*Ajudante do dia A professora pode periodicamente eleger um aluno para tarefas como arrumar a mesa, entregar um bilhete ou buscar um material, por exemplo. "São ações que estimulam a autonomia e a cooperação", afirma a psicóloga Denise. "A situação sugerida estimulará a consciência do que é compartilhar".


*Companheirismo Segundo Denise, em momentos pontuais - como quando uma criança se machuca ou passa por alguma frustração - a professora pode estimular o colega a auxiliar de alguma maneira. "Fazendo um carinho, companhia ou mesmo emprestando algo seu para amenizar a tristeza", explica. "São modelos de conduta que nos remetem a generosidade e parceria."


*Lanche conjunto “Favorecer momentos em que o compartilhar seja algo claro e objetivo auxilia a criança a vivenciar esse comportamento", diz Denise. Um bom exemplo é o lanche coletivo - que, para a especialista, é "lúdico e atraente" em qualquer idade. "Combinar com a família o que cada criança irá trazer e motivá-la a participar da organização lhe dá o senso de compromisso com o que está para acontecer".


A criança não aprende a compartilhar de uma hora para outra. São as experiências, juntamente com a sensação de estar sendo respeitada, que vão promover a possibilidade de esse aprendizado se estruturar.

Denise Argolo Estill, psicóloga e psicopedagoga

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